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Saema prossegue com as obras da Estação de Tratamento de Esgoto

O serviço de Água e Esgoto do Município de Araras (Saema) deu início em dezembro de 2018 às obras de construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), após aprovação do projeto pela Caixa Econômica Federal.

Depois de anos sem tratar seu próprio esgoto, agora, a construção da nova ETE é uma realidade, com previsão de término das obras no final de 2020. A Estação terá capacidade de tratar 100% do esgoto doméstico, com 70% de eficiência. Numa segunda etapa, a ETE chegará a 95% de eficiência de tratamento de todo o esgoto produzido na cidade.

O prefeito Júnior Franco teve participação direta nesta conquista, pois era o presidente do Saema na época em que o Município conseguiu a aprovação do novo projeto da ETE, junto ao Ministério das Cidades. “Tivemos uma história de muita luta, desde o início de 2017, para conseguir que o projeto fosse aprovado e a cidade voltasse a tratar o seu esgoto. Estou muito feliz de ver que tudo isso está prestes a ser realizado. Acompanharei de perto esta obra que irá por um fim na situação triste que prejudica o meio ambiente e a todos nós”, comentou o prefeito.

O projeto da nova ETE prevê a utilização do processo de lodo ativado, com aeração prolongada, que compreende alguns elementos construtivos, como pré-tratamente, lagoa de aeração, decantadores, medidor de vazão, tratamento de lodo com leito de secagem de lodo e desinfecção de efluentes. Com exceção do leito de secagem de lodo e duas unidades de decantadores, todos outros equipamentos estão com as obras em andamento.

A etapa A, compreende a demolição e retiradas de entulho, construção de cabines, casa de compressores, duas unidades de decantadores, desinfecção, sistemas elétrico e hidráulico, implantação geral, lagoa de areação, levantamento topográfico, medidor de vazão, melhoria de encosta, pré-tratamento e tratamento de lodo. Já a etapa B, consiste em dois decantadores, leito de secagem de lodo e parte urbanística da obra.

O Saema já dispunha de algumas lagoas artificiais, executadas para o antigo sistema de tratamento. No atual projeto, uma destas lagoas será reutilizada e adaptada para o novo modelo. Na lagoa de aeração já foi executada a maior parte das obras civis (um muro de divisória de aproximadamente 700 metros quadrados, além do canal de decantação de água que se encontra 90% concluído). A lagoa de areção foi a primeira frente de trabalho da obra, tendo como serviços iniciais a remoção e a destinação adequada do lodo contaminado, que estava acumulado durante anos.

No início da obra também ocorreu a supressão da vegetação de algumas áreas que está sendo compensada hoje com o plantio de novas árvores em lugares estratégicos. O Saema já adquiriu geradores de energia que funcionarão em conjunto com sopradores de ar que fazem parte do sistema de tratamento da lagoa de aeração.

As frentes de trabalho que correspondem ao medidor de vazão, tratamento de lodo e desinfecção foram locadas por topografia, gabaritadas e, já está em andamento a compra de materiais, como madeira e ferro para iniciar a montagem das fôrmas e armações das paredes e lajes de suas construções.

A construção das caixas e eletrodutos das instalações elétricas de iluminação da estação inteira já está sendo executada.

A empresa Augusto Velloso Engenharia S/A foi a vencedora da licitação e o prazo de entrega da obra é de 24 meses.  O valor total da obra da ETE é R$ 32.410.217,00. Desse montante, R$ 21.302.155,70 é verba federal oriunda do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2) mais a contrapartida do Saema de R$ 2.382.416,84 para a etapa A. Já o valor estimado de R$ 8.725.644,46 de toda etapa B está em negociação com a Caixa possível financiamento.

Como vai funcionar a nova ETE lodo ativado, com aeração prolongada – No tratamento primário, o efluente doméstico chega à estação de tratamento e passa por um gradeamento, peneiramento e desarenador, onde são removidos os sólidos grosseiros e areia. No tratamento secundário, o principal objetivo é a remoção da matéria orgânica dissolvida e da matéria orgânica em suspensão remanescente do tratamento primário. A essência desta remoção é a inclusão de uma etapa biológica: o material orgânico é colocado em contato com microrganismos, em condições ambientais favoráveis, de maneira que seja utilizado por eles como alimento. Em condições aeróbias a matéria orgânica é convertida em gás carbônico, água e também gera o crescimento e reprodução dos microrganismos, que em condições anaeróbias produzem também metano (von SPERLING, 1997). Na câmara anóxica haverá a remoção dos nutrientes, nitrogênio e fósforo.

Essa Estação de Tratamento de Esgoto não deverá emitir nenhum odor, exceto no caso de que precise passar por algum tipo de manutenção eventual que causar a parada do sistema de tratamento de esgoto.

Histórico das obras da ETE e interceptores:

 2011 – Município é contemplado com verbas do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC2, através do termo de compromisso nº 0350.849-46/2011 do Ministério das Cidades, no qual estava previsto a realização da Ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto, construção da Estação Elevatória de Esgoto e Interceptor de Esgoto.

2012 – Realizada a licitação para a execução das referidas obras onde a empresa vencedora iniciou os trabalhos.

2014 – Devido a entraves financeiros relativos às medições, o contrato expirou e o Saema optou por não renová-lo.

2015 – A obra é dividida em duas partes e licitadas separadamente, sendo: 1 – Interceptor e Elevatória de Esgoto, 2 – Ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto. É realizada licitação apenas da parte 1 e a empresa vencedora deu início às obras.

Ainda em 2015, o desmoronamento dos reatores inviabilizam a operação da ETE por completo.

2016 – Inicia-se a parte 1 e é realizada a licitação para a parte 2 onde o objeto trata-se da contratação de empresa de engenharia especializada para implantação de Estação de Tratamento de Esgoto – ETE por método de reatores UASB.

Dezembro de 2016 é assinado contrato com a empresa vencedora do processo licitatório.

2017 – Nova administração assume o Saema e se organiza para dar continuidade às obras e aguarda liberação da verba Federal. O então prefeito, Pedro Eliseu Filho e o novo presidente executivo do Saema, Rubens Franco Junior, vão à Brasília protocolar o projeto na intenção de receber o aceite do Ministério das Cidades e dar início à obra que voltaria a tratar o esgoto da cidade.

Em 6 de novembro de 2017, o Saema é comunicado via Ofício do Ministério das Cidades que, após análise de documentos apresentados com o projeto para a construção da nova ETE, contatou-se que o sistema de tratamento apresentado não estaria de acordo com as necessidades do município e, portanto, um novo projeto deveria ser apresentado à CAIXA com tecnologia de tratamento de uso consolidado no país, compatível com a vazão do TC e que substituísse o anterior.

No início de dezembro de 2017, o Saema enviou à Caixa Econômica Federal a documentação técnica contendo nova proposta de melhorias da ETE e solicitou a reprogramação contratual para posterior abertura de processo licitatório e contratação de empresa executora.

2018 – Em 5 de janeiro, a autarquia pagou o montante no valor de R$ 38.110,00 para início da análise da documentação apresentada. Em 12 de janeiro, a CAIXA retornou ao Saema confirmando o recebimento do montante e informou o prazo de análise e retorno ao proponente, sendo de 30 dias úteis a partir da comprovação do pagamento, portanto, a previsão de retorno é dia 27 de fevereiro de 2018.

26 de fevereiro de 2018 – Saema e Prefeitura receberam parecer técnico da Engenharia – Reprogramação e Medição, informando pendências técnicas para a aprovação da reprogramação referente ao Contrato 0350.849-46 – Ampliação da ETE de Araras EEE’s e Interceptores Condicionantes.

Comunicação/Saema

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